(Convite para Aniversário de Casamento)
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Até que a morte os separe
O filósofo Arthur Schopenhauer disse que o casamento é uma dívida que se obtém na juventude e se paga na velhice, mas na época em que ele disse isso a separação era algo praticamente incomum, e de facto só a morte separava um casamento, o que fazia talvez com que os maridos mandassem assassinar suas mulheres e elas, seus maridos.
Hoje em dia as coisas estão mais fáceis, as pessoas terminam tão rápido, às vezes só até acabar a lua-de-mel, mas o padre ainda continua dizendo a sentença final: até que a morte os separe. Seria mais fácil dizer “até quando vocês não aguentarem mais olhar para cara um do outro”, pois sempre chega esse momento, uns casais preferem terminar, outros preferem se torturarem e empurrar com a barriga, até que finalmente a morte os separe...
Essa coisa de casamento precisa ser inovada, ter novas regras, acompanhar a mudança de século, acompanhar as mudanças climáticas, as vontades. Precisa ter uma nova cara, sinceramente, não conheço uma pessoa que seja casada e completamente satisfeita, ou feliz por inteira. O casamento deveria completar os espaços que faltam para gente ser feliz por inteiro, mas isso só acontece no começo, na lua-de-mel, afinal a lua-de-mel é para adoçar o começo, pois depois é uma amargura que só.
Tudo bem que eu ainda não sou casado, talvez não seja assim mesmo, mas pelos exemplos que vejo, já estou traumatizado, mas de uma coisa eu tenho certeza, a sentença final deveria mudar, os Padres deveriam dizer: Até que o Amor acabe.
(Maicon Carlos)