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Aonde é que foi guardada
A caixa dos meus amores?
Será que vai ser achada
Numa casa de penhores?
Aonde é que foi guardada
A minha antiga ilusão?
Será que vai ser achada
Bem junto da solidão?
Aonde é que guardada
A minha felicidade?
Será que vai ser achada
Abraçada com a saudade?
Aonde é que foi guardada
Minha face iluminada?
Será que vai ser achada
Perto da luz apagada?
Aonde é que foi guardada
A minha forte utopia?
Será que vai ser achada
Cozida em banho-maria?
Aonde é que foi guardada
A agenda do meu futuro?
Será que vai ser achada
Do outro lado do muro?
Do que perdi, bem distante,
Ao longo da caminhada
Nada me é mais importante
Do que andar despreocupada.
Quisera estar embolada
Com os fios do luar.
Mas estou é acorrentada
Ao viver sem esperar.
Vem um dia e outro dia
Uma hora e outra hora.
Só me trazem nostalgia
Do que de meu foi embora.
(Hila Flavia)