(Uma das minhas exposições na Trofa, com vários trabalhos)
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Cinco Coisas
Eram cinco pessoas: aquele que se sentia amado, o que acredita no sucesso e era bem-sucedido, o incrédulo que em nada cria, o justíssimo que clamava a igualdade e o que acreditava na verdade.
Muito bem: analisemos as cinco distintas pessoas acima:
Em um dia ensolarado, saiu o que se sentia amado, pela esposa, pelos filhos, pelos amigos….Ele sentia-se completo, exigia de seus subordinados máxima destreza e era infalível com horários. Buscava sempre o melhor de todos, fazendo com que todos quisessem dar seu melhor…. Todavia, um dia encontrou o incrédulo, que em nada cria e este, lhe disse, amado, tens um problema?
Qual, perguntou ao incrédulo? Mesmo sentindo-se amado, ilustre, sensato, não dá a reciprocidade daquilo que sentes, oprime ao máximo aqueles que te rodeiam e te sente amado…. Mas pelo quê? Pela tua beleza? Competência?
Mediante isso, o amado contesta o incrédulo: diz-se isso, por que em nada acredita! Por que és infeliz em tua incredulidade e assim deseja que os outros o sejam!
Neste momento, entra na sala o justíssimo, escutando a profecia e interfere: Ambos são iguais, de formas opostas, concluo, pois nem tu amado dá a reciprocidade ao alheio e, menos ainda tu, incrédulo, acredita em alguma coisa….
Feliz, sou eu, que justamente compreende a vida e faço justiça quando necessito, colocando cada um em seu lugar… de forma exemplar….
Entrementes, o bem-sucedido invade a reunião ao escutar tamanha discussão e logo interpela: Amado e não ama? Incrédulo e crê que alguém precisa mudar? Justo que busca a igualdade, mas prevê que todos são iguais, não levando em conta as diferenças individuais... Estão todos vocês loucos…. Certo, estou eu, que sou bem-sucedido, pois nada, julgo em tudo creio e amo a medida que sou amado……
Ouvindo um barulho à porta, os quatro homens viraram-se e notaram a entrada daquele que acreditava na verdade e, então, perguntaram-lhe: O que você acha a respeito disso tudo?
Passado um minuto de reflexão explanou: Acho que na verdade, só se é amado quando existe em nós a capacidade de amar e, para que isso ocorra, é necessário acreditar em algo, seja no que for, até mesmo no ar que respiramos e, mesmo que não possamos vê-lo (o ar), simplesmente, não podemos julgar sua inexistência prévia…. Assim, só haverá sucesso como ser humano e seres bem-sucedidos em nossos corações, quando todos vossos elementos estiverem equilibrados sobre uma mesma visão e entendimento, dessa forma, quando vossas bocas se abrirem, somente uma será proferida:
"O amor à vida somente se dá na crença de sermos justos connosco antes de julgar os demais e, o sucesso em nossos actos depende exclusivamente da forma verdadeira em como lidamos connosco primeiramente, para depois atingirmos aos demais"……
Pensem….
(João Francisco da Costa)