Sábado, 30 de Novembro de 2013
"Projectistas fazem canais, arqueiros airam flechas, artífices modelam a madeira e o barro, o homem sábio modela-se a si mesmo".
(Buda)
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Vida é Natureza
Vivi entre quatro paredes,
Receosa, temendo, medrosa.
Sofri muito mais por pensar, Que a vida é só isso: paredes.
A vida é o verde, o azul, o vermelho.
A vida é essa grama, esse céu, esse lago.
A vida está além da cidade cinzenta. Vida é essa beleza,
Vida é natureza!
(Rosely T. Sales)
publicado por artedasao às 12:04
Sexta-feira, 29 de Novembro de 2013
(Pintado com Découpage)
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Sobre Mesa
A vida nos serve de jantar
Frutas e um belo prato principal
Horas, minutos, segundos
Tempo é o que comemos
Desfrutar serenamente
Pois após a comilança
Nada restará
Talheres de prata
Vasos, pratos e cristais
Tudo se foi
Junto com o jantar
As conversas
Os amigos, as promessas
O vazio é o que nos resta
Se der, sente-se a mesa
Deguste cada fruta
E no prato principal
Desfrute como nunca.
(Guilherme)
publicado por artedasao às 13:04
Quinta-feira, 28 de Novembro de 2013
Uma árvore em flor fica despida no Outono. A beleza transforma-se em feiúra, a juventude em velhice e o erro em virtude. Nada fica sempre igual e nada existe realmente. Portanto, as aparências e o vazio existem simultaneamente.
(Dalai Lama)
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Árvores Despidas
Folhas caídas no chão
Vem o outono confirmar
As árvores ficam despidas
Até a primavera chegar.
Suas folhas de tons verdes
Bem no alto nos mirando
Agora que a ouro passaram
Nossos pés as vão pisando.
Agora são tapetes em ouro
Pisadas por qualquer um
Eram um grande tesouro
Hoje não vos dão valor nenhum
Pisamos vossas vestes majestosas
Não lembramos que vos vimos dançar
Esquecemos o quanto eram formosas
E quando do calor nos íamos refrescar.
Para convosco é a crueldade
Porque todos os anos é assim
Vos pisamos sem dó nem piedade
E sua bondade não tem fim.
O céu; irão tentar alcançar
E o verde de novo vestir
Só quando a primavera chegar
E o sol de ouro as cobrir.
(Leo Marques)
publicado por artedasao às 12:24
Quarta-feira, 27 de Novembro de 2013
(Velas Especiais para decoração, feitas por encomenda. Coloquei esta foto na capa do meu Facebook https://www.facebook.com/ArteDaSao?ref=nf )
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À LUZ DAS VELAS
Olhando, a bruxuleante chama, desta vela.
Viajo em pensamento, até aquele dia.
Na lembrança, parece até, com cena de novela.
Daquele encontro, só restou à nostalgia.
Marcamos o encontro, em um lugar, bem afastado.
Combinamos que o jantar seria à luz de velas.
Tudo perfeito, com esmero, preparado.
Noite estrelada, romântica e muito bela.
Na penumbra, à luz das velas.
Nas chamas, eternizamos aqueles momentos.
O tempo insensível passou tão rápido.
Mas, os minutos transcorriam suaves e lentos.
Eu a ti olhava, com olhos ávidos.
E os teus se mostravam também sedentos
Dávamos vazão, aos mais profundos, sentimentos.
Esquecidos, ficamos do mundo com suas mazelas
Mágicos momentos vividos,
Relembro-os agora á luz desta vela.
Trago-os, ao presente, pelos meus sentidos.
Como num filme, projectado, em uma tela.
(Rosangela
publicado por artedasao às 09:31
Terça-feira, 26 de Novembro de 2013
(Porto Minha Cidade, Vista do Rio Douro, Cais da Ribeira e Cais de Vila Nova de Gaia)
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O Rio da Minha Vida
Se a minha vida fosse um rio
Que fosse cheio de curvas
Em cada uma delas
Encontraria uma surpresa
Em cada uma delas
Deixaria uma tristeza
Seguiria meu curso assim
Sem jamais me desviar
Seguindo o destino de todo o rio
Seguindo de encontro ao mar
Das surpresas que encontrar
Uma parte vou separar
De um lado deixo as melhores
E o restante vou reciclar
Das tristezas vou tentar esquecer
Pois não vale a pena lembrar
Eu deixei nas curvas do rio
E por lá que elas vão ficar
Livre de todas as minhas lembranças
Tenho meu encontro com o mar
Misturo-me com a água salgada
E as praias um dia vou banhar
Esta será a minha vida
Pois viver e morrer na praia
É um sonho que eu não posso negar
Até me transformo em rio...
Para meu sonho realizar
(José Godoy)
publicado por artedasao às 11:49
Segunda-feira, 25 de Novembro de 2013
(Ambas em vidro e pintadas, peças únicas)
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O que escrevo é impossível descrever
À luz de velas é difícil se apagar
Até o infinito é mais fácil decifrar
Brancos no preto, tarda a acender
Noite estrelada, tarda o amanhecer
Noite escura que se esqueceu de acabar
Raios da manhã se esqueceram de aparecer
Uma sombra teima a iluminar
A luz insiste em iludir
Uma vida inteira a acordar
Inúmeras noites sem dormir
Palavras mais sinceras com letras ilegíveis
Imagens abstractas com tintas invisíveis
Pretos no branco na margem da reflexão
Verdades expostas na mais clara escuridão
Extinto de menino, sentimento em extinção
(Junior Fortini)
publicado por artedasao às 17:53
Domingo, 24 de Novembro de 2013
(Fotografia captada em Árvore Vila do Conde)
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Por Trás do Pôr-do-Sol
Lembranças de dias passados chegam ao entardecer,
juntamente com o brilho do sol ao se esconder.
Entre saudades e recordações saem alguns versos,
em uma amassada folha repleta de traços.
E um brilho reluzente me faz companhia,
anunciando que chega ao fim mais um dia.
Sem minha permissão vejo-me envolvida,
pela beleza do sol na água reflectida.
E aquele velho horizonte me trás saudade,
de todas as lembranças boas de um final de tarde.
Das inesquecíveis histórias que vivi ali
que até hoje por algum motivo forte não esqueci.
Entre o cantar dos pássaros e o barulho vento,
eu fico ali presenciando tal sentimento.
Que por minutos toma conta de mim,
desejando o mesmo que nada tenha fim.
Então permaneço ali, até a noite chegar
com a esperança de alguém encontrar.
Seja em minhas fortes lembranças que ficam aqui
ou, com alguém que tem que partir.
E neste pôr-do-sol relembro o que passei
entre dias e meses, tudo que me tornei.
E na companhia das lágrimas nesses versos coloco fim
Desejando que a capacidade de sonhar sempre permaneça em mim.
(Juliane Bastos)
publicado por artedasao às 10:33
Sábado, 23 de Novembro de 2013
(Velas Craqueladas e Enfeitadas com Vários Materias)
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VENDA DOS OLHOS
Silêncio, que noite calma
No céu só vejo neblina
Onde mergulha minha alma
Nenhuma estrela ilumina
Olhando pela janela
Meu pensamento é infinito
E como uma Cinderela
Eu passo pra um mundo bonito
Eu tiro a venda dos olhos
E dos meus pés a corrente
E como um pássaro nocturno
Voo e deixo meu coração pungente
Tenho amigos, sou feliz
Sorrio muito contente
Não tenho varão, nem raízes
E desconheço descendente
Não tenho medo de nada
Nem sinto a hora passar
Mas temo a madrugada
Que o pássaro tem que voltar
E assim vestida de rendas
Chego a pensar que sou gente
Mas outra vez, coloco a venda nos olhos
E nos meus pés a corrente
(Lindalva Anzellotti Leal)
publicado por artedasao às 10:52
Sexta-feira, 22 de Novembro de 2013
(Praça da Liberdade ao fundo o Passeio das Cardosas)
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VENTO DA LIBERDADE!
Sou aquela ave engaiolada e triste
Que lamenta a liberdade que não tem,
Mas que no cativeiro, heróica ela resiste,
Na esperança que a liberdade um dia vem.
O seu cantar ecoa o seu lamento
Por um castigo que a natureza a ela não legou,
Quando se entregou foi por sentimento
Que não foi recíproco e a sua liberdade acabou.
Pobre ave que anseia ser liberta um dia
E voar sentindo o vento da liberdade!
Pobre ave que não vê o raiar do dia
Vítima que é de quem lhe fez tal maldade.
Triste engano o meu que seria feliz,
Que a vida seria um oásis de paz.
Trágica foi à escolha que eu fiz
E agora é tarde para voltar atrás.
Hoje não tenho paz e sou cativa...
Não canto mais só lamento...
Presa na gaiola o que é da vida?
O que sinto é passar o tempo!
(ubirajara)
publicado por artedasao às 11:54
Quinta-feira, 21 de Novembro de 2013
(Porta velas em vidro pintado, peças únicas)
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Voo Imaginário
Seria então, o meu céu no teu sorriso
Flores, beijos, nós, dois...Mais ninguém
Neste mar fascinante, revolto e impreciso
Porque ao teu lado sou mais e além
Sou o sol em dia escuro e in conciso
Iluminando o vil e sombrio engano do bem
Pois contigo, sou só o céu e o paraíso
Sou alma, coração e libido, também
Nem contabilizo o ínfimo humano indeciso
Decido querer ser pra sempre, tua refém
Neste voo imaginário, enigmático e indiviso
Aí então todos os poemas que fluem e nos mantém
Serão a lírica e santa música de versos concisos
O universo, o amor e a paz... Amém!...
(Siomara Reis Teixeira)
publicado por artedasao às 12:58
Quarta-feira, 20 de Novembro de 2013
(Estátua "O Porto" Imagem de um Guerreiro, criada em 1818 pelo Escultor João de Sousa Alão, com o Mestre Pedreiro João da Silva, está localizada actualmente na Praça da Liberdade)
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Vá comboio, meu comboio
carrega na velocidade
pára só quando chegarmos
à Cidade
Olá Cidade do Porto
a lágrima ao canto do olho
estava fechada há que, tempos
com ferrolho
Custou tanto cá chegar
mil e uma peripécias
quando menos se espera
o diabo tece-as
Ai, eu estive quase morto
no deserto
e o Porto
aqui tão perto
(Sérgio Godinho)
publicado por artedasao às 12:05
Terça-feira, 19 de Novembro de 2013
(Porta Velas em Vidro Pintado, Peças Únicas)
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O Teu Olhar
Nos teus olhos lindos e profundos
Consigo ver todos os mundos.
A paz, a luz, a amizade e a cor,
Consigo visualizar todo o amor
Que possuis no teu quente coração.
Consigo imaginar a dádiva da tua mão
Espalhando para todos a felicidade
Da tua bela e generosa amizade.
Vejo que não existem pesares
No mar que vais velejando
Dia a dia com bons ares
E sempre procurando
A chegada a um qualquer cais
Com paz, amor e amizade
Onde nunca será demais
Distribuíres a felicidade.
Nesse olhar lindo e profundo
Com inabalável esperança
De criar um novo mundo
Pleno de real temperança
Assim vais tu pelo mundo
Pela terra, pelo ar, pelo mar
Ensinando amor profundo
Com esse teu lindo olhar.
(Maria Real)
publicado por artedasao às 12:25
Segunda-feira, 18 de Novembro de 2013
(Ponte da Arrábida)
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"PORTO CIDADE BONITA "
Nosso Porto de tanta magia
Muitos corações te adoram
De ti se faz bela poesia,
E por ela alguns se enamoram
Ó leal, invicta Cidade
Todo o Portugal te aclama,
A todos trazes felicidade
E dás de ti a quem te ama
Tens o Rio Douro,
Como teu grande amigo
Para ti, ele é um tesouro
Que o guardas bem contigo
És uma terra de gente bonita
Que por ti loucos ficam
Fizeram-te uma Cidade catita
Para todos os que te visitam
Cidade romântica e bela
Que a todos ela ama
Para aqueles que vivem nela
Tem o Douro como sua dama
(de: Fernando ramos)
publicado por artedasao às 12:17
Domingo, 17 de Novembro de 2013
Se tens conhecimento, deixa que as outras pessoas acendam as suas velas na tua.
(Thomas Fuller)
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AS QUATRO VELAS
Quatro velas ardiam sobre a mesa,
E falavam da vida e tudo o mais.
A primeira, tristonha: “Eu sou a PAZ,
Mas o mundo não quer me ver acesa…”
A segunda, em soluços desiguais:
“Sou a FÉ! Mas é triste a minha empresa:
Nem de Deus se respeita a Realeza…
Sou supérflua, meu fogo se desfaz…”
A terceira sussurra, já sem cor:
“Estou triste também, eu sou o AMOR…
Mas perdi o fulgor como vocês…”
Foi a vez da ESPERANÇA – a quarta vela:
“Não desiste ninguém, que a vida é bela!
E acendeu novamente as outras três!
(Dedé Monteiro)
publicado por artedasao às 12:39
Sábado, 16 de Novembro de 2013
(Vista nocturna da Serra do Pilar Vila Nova de Gaia)
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A sereia
Enfeita a noite bela lua cheia
Na praia joga sua luz de prata
Pontos brilhantes na macia areia
No azul mar navega uma fragata
E lá na rocha canta uma sereia.
Seu canto parece serenata
Frémito ao redor desencadeia
Quem ouve a melodia se arrebata
Cantando envolve como uma teia.
O vento encantado sopra leve
Brincar em seus cabelos se atreve
As estrelas formam uma coroa.
A fragata muda seu destino
Todos ouvem o som cristalino.
Totalmente subjugados na proa.
(Luisella)
publicado por artedasao às 11:58
Sexta-feira, 15 de Novembro de 2013
(Vela Oca Craquelada)
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DÚVIDA...
Esperar...
Sentir bater no peito angustiado,
Medroso, o coração, desesperado,
Tentando respirar, buscar mais ar...
Pensar...
De volta à cabeça, o mesmo fato,
Perder o que se quer, um triste ato,
Tentar pedir, rogar, se humilhar...
Chorar...
E não se ter certeza da resposta,
Ter que se perder o ser que gosta,
E se ferir, mentir, sofrer, penar...
Amar...
E não se ter passado, nem futuro,
Ter-se pela frente, à cara, um muro,
Que te envolve, oprime, esmaga...
Sofrer...
Buscar achar nas brumas do passado,
A luz de um amor (já condenado)
No fogo de uma vela que se apaga...
(BUCHARA)
publicado por artedasao às 12:40
Quinta-feira, 14 de Novembro de 2013
(Estátua da "Menina Nua" na Avenida do Aliados)
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Estátua da “Menina Nua”
Ó Porto, minha Cidade
Vais saber toda a verdade
De uma estátua que é tão tua.
Na Avenida dos Aliados
Todos ficam deslumbrados
Ao verem a “Menina Nua”.
Deus deu-lhe o nome de Lela
Essa formosa donzela
Filha do Bairro da Sé.
Que um dia, teve a coragem
De posar a sua imagem
Sem deixar de ser quem é.
Mas meu Deus, um certo dia
Para as Fontainhas seguia
Á cabeça, roupa aos molhos.
Na Rua do Sol, um trovão
Caiu uma negra solidão
Ficou sem luz, os meus olhos.
Que pena não poderes ver
A estátua do teu ser
Obra de Henrique Moreira.
Que Deus te guarde, velhinha
Andavas triste e sozinha
No bairro da Pasteleira.
(Carlos Bessa em Retalhos de um Porto esquecido)
publicado por artedasao às 11:58
Quarta-feira, 13 de Novembro de 2013
(Vela Oca Craquelada e trabalhada com Galão)
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Velas e Flores
Velas e flores oram
escutando os contos
que narra o mar...
O mar conta vidas:
umas, sonhos de amor;
outras, desespero e dor...
O mar anda cansado;
já não é ponte e magia,
nem floresce poesia...
O mar é hoje saudade:
de peixes, mariscos e
estrelas encantadas...
O mar chora o barco
da vida que atolado no
charco, deixou de navegar.
(Jorge Bichuetti)
publicado por artedasao às 12:11
Terça-feira, 12 de Novembro de 2013
(Prédio Junto ao Banco de Portugal)
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Porto, Cidade de Encanto
Vai até ao cais de Gaia
Deita os olhos, por favor
À Cidade, que hoje canto.
Espera que a noite caia
Goza todo o esplendor
Que o Porto, tem por encanto.
Olha bem, á tua frente
Que gigantesca cascata
Com luzes, todas acesas.
Cidade, orgulho da gente
Obreira, humilde e pacata
Das mais belas Portuguesas.
Vai, antes de se fecharem
Os teus olhos, para a vida
Antes do entardecer.
Se os teus olhos chorarem
Choram, pela Cidade querida
Que um dia, te viu nascer.
(Carlos Bessa em Retalhos de um Porto esquecido)
publicado por artedasao às 11:18
Segunda-feira, 11 de Novembro de 2013
Como o verniz cobre um pote de barro, as palavras fingidas cobrem um coração mau.
(Provérbio popular)
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POEMAS PARA LILI
Levava eu um jarrinho
P'ra ir buscar vinho
Levava um tostão
P'ra comprar pão:
E levava uma fita
Para ir bonita.
Correu atrás
De mim um rapaz:
Foi o jarro p'ra o chão,
Perdi o tostão,
Rasgou-se-me a fita...
Vejam que desdita!
Se eu não levasse um jarrinho,
Nem fosse buscar vinho,
Nem trouxesse uma fita
Pra ir bonita,
Nem corresse atrás
De mim um rapaz
Para ver o que eu fazia,
Nada disto acontecia.
(Fernando Pessoa)
publicado por artedasao às 00:01
Domingo, 10 de Novembro de 2013
Na vida, você está constantemente num lago de crocodilos, onde você tem que se salvar a cada minuto.
(Heloisa Burtet)
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Natureza
Sol, lagoa, brisa boa!
Sol que me faz sorrir,
Brisa que me faz sentir.
Sentir esse cheiro de mato,
Deslumbrar-me inteira, no ato,
Com essa beleza: essa natureza.
Impossível cansar.
Resta então descansar.
Contemplando os detalhes,
De barriga pro ar.
Poetando, tentando explicar.
Mas não se explica,
Só a imagem que fica.
Amanhã vou voltar.
(Rosely T. Sales)
publicado por artedasao às 11:56
Sábado, 09 de Novembro de 2013
Até que o sol não brilhe, acendamos uma vela na escuridão.
(Confúcio)
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Dores da ausência
A bagunça da minha cabeça
Aperta o peito meu,
A saudade do teu beijo
Me deixa um tanto ateu.
Perco a fé
E tenho febre
No frio da tua ausência
Minha dor é de carência.
Tua chegada é incerta
Minha utopia ainda é vê-la
De madrugada acendo uma vela
Faço prece
Sem pressa de terminar
Pois enquanto oro
Sinto você me abraçar.
Clamo à lua com fervor
Teu rosto em minha mente
Leva-me aos prantos
E lava-me das mágoas e dores
Que toda essa ausência me causa.
(Vitoriano Bill)
publicado por artedasao às 12:27
Sexta-feira, 08 de Novembro de 2013
(Campanário em Ponte de Lima)
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Tristes Sinos
Tristes sinos a tanger!
Pelas frias campinas...
Pelas velhas ruínas...
Pelos caminhos de Minas.
Tristes sinos que dobram.,
Por estas romarias,
Pelas pradarias,
Na hora da Ave-Maria.
Dobre de sinos tristonhos.
Nas ermas distâncias...
Por rústicas estâncias,
Por meus sonhos de criança.
Frio repicar de sinos,
Que espalham segredos...
Que trazem degredos,
Ânsias e medos.
Velhos sinos que segredam,
Velhas profecias!
Profundas nostalgias...
Tristíssimas monodias!
(Luiz Guilherme)
publicado por artedasao às 11:07
Quinta-feira, 07 de Novembro de 2013
(Desta Técnica de Pintura saem Peças que são únicas no seu desenho)
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Horas Íntimas
O vinho derramado
O brilho no olhar
O corpo molhado
No espelho embaçado...
O olhar derramado
O brilho do vinho
O corpo embaçado
No espelho molhado...
A taça quebrada
As roupas jogadas
A chuva de inverno
Na janela da sala...
(Walter Pantoja Teixeira)
publicado por artedasao às 12:00
Quarta-feira, 06 de Novembro de 2013
(Um Olhar de Outono no Jardim Serralves)
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Cores de Outono
O Verão foi-se despedindo.
O frio chegou.
O Tempo mudou.
Uma nova estação está abrindo.
As árvores vão-se despindo
das suas folhas amarelecidas,
folhas do verde, desvanecidas
que, suavemente vão caindo.
O chão vai-se cobrindo
de pequenas folhas envelhecidas
ora amarelas ora tingidas
de verde, castanho, vermelho se esvaindo.
A vida destas folhas, se esvaindo
cobre, protege as sementes encolhidas
no solo húmido, escondidas.
O Ciclo da Vida continua, infindo.
(António Fernando Vilar Barbosa)
publicado por artedasao às 11:57