Era uma noite escura sem Lua, as Ruas estreitas faziam com que o Frio viesse directamente contra meu corpo, um Frio que fazia as ruas transpirarem e assim molhassem suas pedras. No longínquo via-se nitidamente a neblina que dobrava a esquina, que de tão densa parecia gemer ao se aproximar. De repente encontro-me envolvido por ela, o medo surge no meu consciente, uma sombra parecida com um homem surge a minha frente com uma capa de chuva preta que lhe cobria as canelas, botas tão negras que lhe confundiam com borracha molhada, suas mãos vestiam-se com luvas de couro, sua cabeça coberta com um capuz como se protegesse da chuva, seu rosto coberto até o nariz por um pano onde dava para notar sua respiração quente saindo pela boca, seus olhos única parte do corpo descoberta golpeava minha mente com um olhar gelado e aterrorizante.
Quando me dei conta ele estava ali dois passos na minha frente. O medo começou a tomar maiores proporções, em sua mão direita um objecto reluzente (prata), tento correr mas o medo já desceu pela espinha e tomou conta das minhas pernas.
Será esse o meu fim? Morto na calada da noite por uma figura medonha que minha mente criou?
(Wil S Figueiredo Jr)
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