Quinta-feira, 14 de Novembro de 2013
(Estátua da "Menina Nua" na Avenida do Aliados)
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Estátua da “Menina Nua”
Ó Porto, minha Cidade
Vais saber toda a verdade
De uma estátua que é tão tua.
Na Avenida dos Aliados
Todos ficam deslumbrados
Ao verem a “Menina Nua”.
Deus deu-lhe o nome de Lela
Essa formosa donzela
Filha do Bairro da Sé.
Que um dia, teve a coragem
De posar a sua imagem
Sem deixar de ser quem é.
Mas meu Deus, um certo dia
Para as Fontainhas seguia
Á cabeça, roupa aos molhos.
Na Rua do Sol, um trovão
Caiu uma negra solidão
Ficou sem luz, os meus olhos.
Que pena não poderes ver
A estátua do teu ser
Obra de Henrique Moreira.
Que Deus te guarde, velhinha
Andavas triste e sozinha
No bairro da Pasteleira.
(Carlos Bessa em Retalhos de um Porto esquecido)
publicado por artedasao às 11:58
Sexta-feira, 08 de Novembro de 2013
(Campanário em Ponte de Lima)
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Tristes Sinos
Tristes sinos a tanger!
Pelas frias campinas...
Pelas velhas ruínas...
Pelos caminhos de Minas.
Tristes sinos que dobram.,
Por estas romarias,
Pelas pradarias,
Na hora da Ave-Maria.
Dobre de sinos tristonhos.
Nas ermas distâncias...
Por rústicas estâncias,
Por meus sonhos de criança.
Frio repicar de sinos,
Que espalham segredos...
Que trazem degredos,
Ânsias e medos.
Velhos sinos que segredam,
Velhas profecias!
Profundas nostalgias...
Tristíssimas monodias!
(Luiz Guilherme)
publicado por artedasao às 11:07
Quinta-feira, 10 de Outubro de 2013
(Esculturas que homenageiam a classe oparária mais representativa do concelho de Vila do Conde no Largo dos Artistas em Vila do Conde, Escultor Manuel de Sousa Pereira)
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Eu Sou um Artista.
Eu sou um artista desconhecido
Que lança suas frases ao vento,
Que faz de sua vida um abrigo
A encarar as forças do tempo.
Eu sou um artista oprimido
Que caminha só com a alma
Tendo ao lado somente a sombra,
Papel e caneta e um pouco de calma.
Eu sou um artista completo
Da música, dos poemas, das noites de inverno
Que conta sua vida em textos, em versos,
Que some no alto do palco da minha ilusão.
Eu sou um artista verdadeiro
Escondido entre as nuvens nubladas
Que vive um eterno “conto de fadas”
A espera de um reconhecimento da plateia.
Eu sou um artista muito sincero
Que reconhece o que tenho e o que quero
No caminho escolhido pelo livre arbítrio
Esperando, quem sabe um dia...
Cumprimentar o público...
Extasiado pelos aplausos.
(Mário Pires)
publicado por artedasao às 18:15
Quinta-feira, 26 de Setembro de 2013
(Um olhar do Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular na Rotunda da Boavista que começou a ser construído em 1909 e foi inaugurado em 1951 da autoria do Arquitecto Marques da Silva e do Escultor Alves de Sousa)
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Fábula: O Leão e o Rato
Certo dia, estava um Leão a dormir a sesta quando um ratinho começou a correr por cima dele. O Leão acordou, pôs-lhe a pata em cima, abriu a bocarra e preparou-se para o engolir.
- Perdoa-me! - Gritou o ratinho - Perdoa-me desta vez e eu nunca o esquecerei. Quem sabe se um dia não precisarás de mim?
O Leão ficou tão divertido com esta ideia que levantou a pata e o deixou partir.
Dias depois o Leão caiu numa armadilha. Como os caçadores o queriam oferecer vivo ao Rei, amarraram-no a uma árvore e partiram à procura de um meio para o transportarem.
Nisto, apareceu o ratinho. Vendo a triste situação em que o Leão se encontrava, roeu as cordas que o prendiam.
E foi assim que um ratinho pequenino salvou o Rei dos Animais.
Moral da história: Não devemos subestimar os outros.
(Jean de La Fontaine)
publicado por artedasao às 12:18
Sábado, 14 de Setembro de 2013
(Imagem do Morro e da Catedral da Sé do Porto)
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'Minha vida não foi um romance...
Nunca tive até hoje um segredo.
Se me amar, não digas, que morro
De surpresa... de encanto... de medo...
Minha vida não foi um romance
Minha vida passou por passar
Se não amas, não finjas, que vivo
Esperando um amor para amar.
Minha vida não foi um romance...
Pobre vida... passou sem enredo...
Glória a ti que me enches de vida
De surpresa, de encanto, de medo!
Minha vida não foi um romance...
Ai de mim... Já se ia acabar!
Pobre vida que toda depende
De um sorriso.. de um gesto.. Um olhar...
(Mário Quintana)
publicado por artedasao às 22:26
Sexta-feira, 13 de Setembro de 2013
A felicidade não é uma estação onde chegamos, mas uma maneira de viajar.
(Margareth Lee Rimbeuk)
(Estação de S. Bento no Porto uma das Mais Belas do Mundo)
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A estação se faz presente
Mas no vai e vem estás ausente
Deixando-me descontente
Gente que não é gente...
No olhar desesperado
A procura do amado
As lágrimas a rolar
Não adianta esperar...
O tempo se faz nublado
A chuva cai...forma enxurrada
Minha mente vazia...já cansada
Não quer mais pensar em nada...
Paro...olho a multidão
O vazio da imensidão
Com o olhar já perdido
É melhor fitar o chão...
Essa busca desenfreada
Que se prolonga até a madrugada
Resultou numa desvairada
Vida de busca...sem levar a nada...
Hoje estou insensível
No brilho dos olhos trago a dor
De quanto tempo procurei
Por um verdadeiro amor...
(Celia Piovesan)
publicado por artedasao às 12:41
Quarta-feira, 21 de Agosto de 2013
(Capela dos Ossos em Évora Situada na Igreja de São Francisco, Construída no Século XVII)
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Nossos Irmãos ou Ossos Irmãos?
Fome minha, fome tua.
Desespero ao meu redor...
Tu viestes nua e crua,
Transformando vida em pó.
Só o descaso a ti faz forte,
Insaciável, doentia.
Tal presença traz a morte,
Ao findar de tua agonia.
Sem ter de que viver,
A chorar de fome e dor.
(N) Ossos irmãos nos fazem ver,
Retratos da miséria, imagens do horror.
Indomável sofrimento,
Que elevado em demasia.
Trás a tona esse tormento,
Mergulhado em hipocrisia.
Insensível é (O) ser humano,
Desprovido de emoções,
Criador de um mal insano,
Condenado gerações.
Mas por detrás dessa rotina,
Um sorriso de criança.
A zombar de nós, uma menina.
Qual seu nome? ESPERANÇA!!!
(Marcus Vinicius S. Rocha)
publicado por artedasao às 10:49
Terça-feira, 20 de Agosto de 2013
(Um Olhar o Paço dos Duques de Bragança, Guimarães)
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Abra a janela do teu coração e deixe a alma arejar!
Sabe aquele cheiro de mofo de sonhos que envelheceu e você nem se deu conta?
Deixe que o vento leve para longe...
Deixe a luz inundar tudo, apagar as marcas das decepções, as tristezas das derrotas e da mania de sofrer por sofrer e acima de tudo, permita que o sol derreta o gelo da solidão.
Apaixone-se por um sorriso e sorria junto, ilumine as janelinhas dos olhos...
Ame a pessoa que o espelho reflete todas as manhãs.
Faça florescer todos os campos que sua vista alcança.
Vá além, muito além....
Abra a janela da vida e seja pleno em cada coisa ainda que pareça pequena.
Viva com a espontaneidade de uma criança.
Debruce na janela e não olhe a vida passar através dela... Viva! "
(Autor desconhecido)
publicado por artedasao às 12:20
Segunda-feira, 12 de Agosto de 2013
(Painel em Azulejos na Estação de S. Bento, Uma das Mais Bonitas Estações ferroviárias do Mundo, Este Quadro Representa o Egas Moniz Apresentando-se com a Mulher e Filhos ao Rei Leão (Século XII)
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Rei
Viva a vida da sua maneira
Não deixe que nada te impeça
Nem que te digam qualquer asneira
Grite, esbraveje e faça uma arruaça
Faça sempre prevalecer a sua opinião
Deixe pensarem o que bem entender
Pois aqui não importa o que pensam
O importante é o seu querer
Você é rei em seu mundo
Você pode fazer o que desejar
Mesmo que seja um tanto vagabundo
Ainda assim você pode os ignorar
(Valéria Bischof)
publicado por artedasao às 15:15
Quarta-feira, 31 de Julho de 2013
(Moinho na Duna na Ápulia)
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'Minha vida não foi um romance...
Nunca tive até hoje um segredo.
Se me amar, não digas, que morro
De surpresa... de encanto... de medo...
Minha vida não foi um romance
Minha vida passou por passar
Se não amas, não finjas, que vivo
Esperando um amor para amar.
Minha vida não foi um romance...
Pobre vida... passou sem enredo...
Glória a ti que me enches de vida
De surpresa, de encanto, de medo!
Minha vida não foi um romance...
Ai de mim... Já se ia acabar!
Pobre vida que toda depende
De um sorriso.. de um gesto.. um olhar...
(Mario Quintana)
publicado por artedasao às 14:42
Segunda-feira, 15 de Julho de 2013
(Painel na Estação de S. Bento no Porto uma das mais Belas Estações do Mundo, representativo da Apanha da Cereja no Douro)
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Cereja Negra
O olhar de nuvem mergulhado na terra diz mais sobre a menina que as palavras dela
Estourada contra o céu-da-boca a língua estala e fala com o som da inocência nela, inventada
Manchada de vinho tinto, na alma
Escorre na pele rouge queimado o que tenta esconder atrás do passado
A risada chia como água na brasa
Menina de vida vadia
Fruta mordida pela boca calada.
(Clarice Paes)
publicado por artedasao às 12:09
Sábado, 13 de Julho de 2013
(Altar - Mor da Igreja do Bom Jesus da Cruz Barcelos)
Não cruze os braços diante de uma dificuldade, pois o maior homem do mundo morreu de braços abertos!
(Bob Marley)
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Minha cidade é tão simples,
habitada por gente composta
de qualidades plurais,
características singulares,
daquele que vive e gosta
de viver, conviver,
amar demais.
Bom Jesus abençoou esse pedaço de chão,
abriu seus braços imensos,
espargiu muita luz
pra iluminar o caminho de cada cidadão.
É por isto que os lenços
que se usavam pra chorar,
viraram bandeiras de fé
apontados para a cruz,
agradecendo de pé,
pela dádiva: Bom Jesus!
(Ivone Boechat)
publicado por artedasao às 12:55
Terça-feira, 25 de Junho de 2013
(Situado no Terreiro do Paço em Vila Viçosa Distrito de Évora "O Paço Ducal")
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Vila Velha
Oh minha bela Vila Velha
Vila nova, terra bela.
Pôde ser nova ante bela
Pois escolheu ser velha.
Desde os tempos da manivela
Encantou caravela
És mais formosa dentre as vilas,
Dentre as vilas que se vela.
(Lucian Rodrigues Cardoso)
publicado por artedasao às 12:43
Segunda-feira, 24 de Junho de 2013
(Entardecer em Évora)
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Dono da Solidão
Enquanto eu busco a Primavera,
Você trás o entardecer,
Vejo noites em seus olhos em pleno amanhecer,
Teu sorriso não tem mais cor,
Teu olhar perdeu a direcção,
Vive sofrendo, só porque alguém machucou seu coração.
Ofereço-te a liberdade,
Você se fecha na clausura,
Sua vida é uma porta fechada,
Mas lá fora a vida continua.
Ofereço-te a esperança,
Você prefere a ilusão,
Seus dias sãos cinzentos,
Não tem paz no seu coração.
Passei a vida inteira a te amar,
E, por ser dono da solidão,
Resolvi -te abandonar.
(Rosangela Schivei)
publicado por artedasao às 14:50
Segunda-feira, 10 de Junho de 2013
(Um dos Painéis que decoram o átrio da estação de São Bento considerada uma das maravilhas de Portugal)
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AMOR MEDIEVAL
Seus olhos... Espelhos d’alma mais bela
Em que mergulho suave e bem fundo
São meus sonhos na mais linda aquarela
Retractando o que sinto, reflectindo meu mundo
Paixão sincera sublimada na esfera
Fecho meus olhos por breves segundos,
Vejo então, pergaminho, tinta e vela
É real em sentimentos fecundos
Está escrevendo pra sua donzela
Envolto em mistério mantém o assunto
Distante da plebe e suas mazelas
Exalta a emoção de um amor oriundo
De anseios estros glorificados na espera
Cavaleiro cortês, cordato e profundo.
(Siomara Reis Teixeira)
publicado por artedasao às 16:02
Sábado, 01 de Junho de 2013
(O Cromeleque dos Almendres localiza-se na freguesia de Nossa Senhora de Guadalupe, no concelho de Évora, Distrito de Évora. Constitui-se num círculo de pedras pré-histórico com 95 monólitos de pedra.)
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As pedras
Ajuntei todas as pedras
Que vieram sobre mim
Levantei uma escada muito alta
E no ato subi
Teci um tapete floreado
E no sonho me perdi
Uma estrada,
Um leito,
Uma casa,
Um companheiro,
Tudo de pedra
Entre pedras
Cresceu a minha poesia
Minha vida...
Quebrando pedras
E plantando flores
Entre pedras que me esmagavam
Levantei a pedra rude dos meus versos
(Cora Coralina)
publicado por artedasao às 12:34
Sexta-feira, 24 de Maio de 2013
(Sameiro Braga)
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Quem Morre?
Morre lentamente
Quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem não encontra graça em si mesmo
Morre lentamente
Quem destrói seu amor-próprio,
Quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente
Quem se transforma em escravo do hábito
Repetindo todos os dias os mesmos trajecto,
Quem não muda de marca,
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou
Não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
Quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções, Justamente as que resgatam o brilho dos olhos e os corações aos tropeços.
Morre lentamente
Quem não vira a mesa quando está infeliz
Com o seu trabalho, ou amor,
Quem não arrisca o certo pelo incerto
Para ir atrás de um sonho,
Quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, Fugir dos conselhos sensatos...
Viva hoje!
Arrisque hoje!
Faça hoje!
Não se deixe morrer lentamente!
Não se Esqueça de Ser Feliz
(Martha Medeiros)
publicado por artedasao às 14:35
Quinta-feira, 28 de Fevereiro de 2013
( Um olhar sobre o Mosteiro de São João D'Arga (Caminha)
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Para todo só, existe um, alguém.
Para toda porta fechada, existe um abrir.
Para todo erro, uma segunda, chance há.
Para toda chegada, uma partida existe.
Para toda dor, existe um bálsamo.
E para toda lágrima, existe uma recompensa.
E para todo destino, uma estrada há.
Para todo nascer um morrer existe.
E para cada busca, existe um encontrar.
E para todo você, existe um, eu.
(Sandra Ribeiro)
publicado por artedasao às 10:41
Quarta-feira, 20 de Fevereiro de 2013
(Museu Arqueológico em Barcelos)
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De que são feitos os dias?
- De pequenos desejos,
vagarosas saudades,
silenciosas lembranças.
Entre mágoas sombrias,
momentâneos lampejos:
vagas felicidades,
inactuais esperanças.
De loucuras, de crimes,
de pecados, de glórias
- do medo que encadeia
todas essas mudanças.
Dentro deles vivemos,
dentro deles choramos,
em duros desenlaces
e em sinistras alianças...
(Cecília Meireles)
publicado por artedasao às 09:38
Quinta-feira, 14 de Fevereiro de 2013
(Um Olhar para parte das Muralhas do Castelo de Melgaço)
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Muralhas
Lutas Que Batalhei,
Muralhas Que Derrubei,
Gigantes Que Enfrentei,
Poesias Que Criei,
Me Fizeram Aprender,
O Que Um Dia Eu Quis,
Quando Tentei Esquecer,
Aquilo Que Ensinou O Juiz,
Tentei Seguir O Caminho,
E Com A Tristeza Me Encontrei,
Porque Não Venci O Destino,
E Seu Amor Não Conquistei.
(Daniel Wutzke de Oliveira)
publicado por artedasao às 15:15
Quinta-feira, 31 de Janeiro de 2013
(Recanto no Mosteiro de São João D'Arga Caminha)
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Ecos D'Alma
Oh! Madrugada de ilusões, Santíssima,
Sombra perdida lá do meu Passado,
Vinde entornar a clâmide puríssima
Da luz que fulge no ideal sagrado!
Longe das tristes noites tumulares
Quem me dera viver entre quimeras,
Por entre o resplendor das Primaveras
Oh! Madrugada azul dos meus; sonhares.
Mas quando vibrar a última balada
Da tarde e se calar a passarada
Na bruma sepulcral que o céu embaça
Quem me dera morrer então risonho
Fitando a nebulosa do meu sonho
E a Via-Láctea da Ilusão que passa!
(Augusto dos Anjos)
publicado por artedasao às 11:27
Sexta-feira, 25 de Janeiro de 2013
(Riquezas de Portugal no Soajo)
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Pelos caminhos que ando
Um dia vai ser
Só não sei quando
Pergunte ao pó
Cresce a vida
Cresce o tempo
Cresce tudo
E vira sempre
Esse momento
Cresce o ponto
Bem no meio
Do amor seu centro
Assim como
O que a gente sente
E não diz
Cresce dentro
Razão de Ser
Escrevo.
E pronto.
Escrevo porque preciso,
Preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
Retracto de lado
Retracto de frente
De mim me faça
Ficar diferente
Segundo consta
O mundo acabando,
Podem ficar tranquilos.
Acaba voltando
Tudo aquilo.
Reconstruam tudo
Segundo a planta dos meus versos.
Vento, eu disse como.
Nuvem, eu disse quando.
Sol, casa, rua,
Reinos, ruínas, anos,
Disse como éramos.
Amor, eu disse como.
E como era mesmo?
Sem Budismo
Poema que é bom
Acaba zero a zero.
Acaba com,
Não como eu quero.
Começa sem,
Com, digamos, certo verso,
Veneno de letra,
Bolero, Ou menos.
Tira daqui, bota dali,
Um lugar, não caminho,
Prossegue de si.
Seguro morreu de velho,
E sozinho.
(Paulo Leminski)
publicado por artedasao às 13:22
Quinta-feira, 03 de Janeiro de 2013
(Um Olhar para o Aqueduto e Igreja Santa Clara em Vila do Conde)
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Sons do Silêncio
Um Rei mandou seu filho estudar no templo de um grande mestre com o objectivo de prepará-lo para ser uma grande pessoa. Quando o príncipe chegou ao templo, o mestre o mandou sozinho para uma floresta. Ele deveria voltar um ano depois, com a tarefa de descrever todos os sons da floresta. Quando o príncipe retornou ao templo, após um ano, o mestre lhe pediu para descrever todos os sons que conseguira ouvir. Então disse o príncipe: "Mestre, pude ouvir o canto dos pássaros, o barulho das folhas, o alvoroço dos beija-flores, a brisa batendo na grama, o zumbido das abelhas, o barulho do vento cortando os céus..." E ao terminar o seu relato, o mestre pediu que o príncipe retornasse à floresta, para ouvir tudo o mais que fosse possível.
Apesar de intrigado, o príncipe obedeceu à ordem do mestre, pensando: "Não entendo, eu já distingui todos os sons da floresta..."
Por dias e noites ficou sozinho ouvindo, ouvindo, ouvindo... Mas não conseguiu distinguir nada de novo além daquilo que havia dito ao mestre. Porém, certa manhã, começou a distinguir sons vagos, diferentes de tudo o que ouvira antes. E quanto mais prestava atenção, mais claros os sons se tornavam.
Uma sensação de encantamento tomou conta do rapaz.
Pensou: "Esses devem ser os sons que o mestre queria que eu ouvisse..." E sem pressa, ficou ali ouvindo e ouvindo, pacientemente. Queria ter certeza de que estava no caminho certo. Quando retornou ao templo, o mestre lhe perguntou o que mais conseguira ouvir.
Paciente e respeitosamente o príncipe disse: "Mestre, quando prestei atenção pôde ouvir o inaudível som das flores se abrindo, o som do sol nascendo e aquecendo a terra e da grama bebendo o orvalho da noite..."
O mestre sorrindo, acenou com a cabeça em sinal de aprovação, e disse: "Ouvir o inaudível é ter a calma necessária para se tornar uma grande pessoa. Apenas quando se aprende a ouvir o coração das pessoas, seus sentimentos mudos, seus medos não confessados e suas queixas silenciosas, uma pessoa pode inspirar confiança ao seu redor; entender o que está errado e atender as reais necessidades de cada um. A morte de uma relação começa quando as pessoas ouvem apenas as palavras pronunciadas pela boca, sem se atentarem no que vai no interior das pessoas para ouvir os seus sentimentos, desejos e opiniões reais.
É preciso, portanto, ouvir o lado inaudível das coisas, o lado não mensurado, mas que tem o seu valor, pois é o lado mais importante do ser humano...
(Autor Desconhecido)
publicado por artedasao às 11:47
Terça-feira, 01 de Janeiro de 2013
(Um Olhar para a Câmara Municipal do Porto com a Árvore de Natal na Frente)
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A vida
A vida é uma oportunidade, aproveita-a.
A vida é beleza, admira-a.
A vida é beatificação, saboreie-a.
A vida é sonho, torna-o realidade.
A vida é um desafio, enfrenta-o.
A vida é um dever, cumpre-o.
A vida é um jogo, joga-o.
A vida é preciosa, cuida-a.
A vida é riqueza, conserva-a.
A vida é amor, goza-a.
A vida é um mistério, desvela-o.
A vida é promessa, cumpre-a.
A vida é tristeza, supera-a.
A vida é um hino, canta-o.
A vida é um combate, aceita-o.
A vida é tragédia, domina-a.
A vida é aventura, afronta-a.
A vida é felicidade, merece-a.
A vida é a VIDA, defende-a.
(Madre Teresa de Calcutá)
publicado por artedasao às 11:52
Sexta-feira, 28 de Dezembro de 2012
(Vista lateral da Igreja Santa Clara junto ao Mosteiro com o mesmo nome em Vila do Conde)
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Todo dia é um novo dia
Tem um novo ser
Tem um novo ver
Tem novas vontades
E antigas amizades
Todo dia tem um novo jeito
Tem um grito no peito
Tem um rio no leito
Tem um antigo moinho
E águas que não vão voltar
Todo dia tem um ar de esperança
Tem gente que se levanta
Tem gente que canta
Tem quem fique
E não deixa a vida acabar
Todo dia pode ser diferente
Tem um mesmo sol
Tem um outro perceber
Tem um mesmo caminho
E o andar de um novo ser
Todo dia é dia de começar outra vez
Tem um mesmo lugar
Tem um outro fazer
Tem antigos personagens
E novas histórias a contar
(Pablo Massolar)
publicado por artedasao às 11:20